Sem sono ontem, liguei o traktor e gravei esse set. Espero que curtam...2 horas de sons dos anos 200...e ate algumas de 90s...mas bem no fim mesmo...
Grande abraço!
MUSIC WILL NEVER STOP ///
Ate o momento de seu falecimento, era residente do grande Volume 97, onde tocava house music e vertentes, onde fazia questao de estar de frente das locucões, nos estudios da Energia Fm.
Guedes foi conhecido por seu perfil técnico e cirúrgico. Amante da tecnologia e da música, seu trabalho foi sempre baseado em novas formas de expressão, sempre inovando com seus metodos de mixagens. Com isso, nao precisou abandonar o vinil, se utilizando tanto de Final Scratch e atualmente, usando o Serato em suas apresentações.
Garage 70, uma de suas compilações de sucesso!
Dj Oliver Jack, ao saber, ficou extremamente chocado, onde, pelo twitter, me confessou, que o Guedes, foi uma puta referência para ele, numa fase crucial de sua carreira.
Dj Marky, o maior nome, o unico que o Guedes ainda deixava no ar que poderia ter uma tecnica tanto marcante e perfeita como a dele, sempre elogiou o mago das mixagens:
“O Guedes é um dos mais criativos, técnicos e eruditos DJs que eu conheço. Afirma Marky.
“Ninguém neste país vira melhor que eu. Talvez o Marky vire igual. Melhor não”
Mas a carreira de Guedes, não se resumiu apenas na arte da mixagem, sendo um produtor de renome nacional, Guedes Madonna e Simply Red foram artistas internacionais que Guedes remixou. Entre os artistas nacionais estão Guilherme Arantes, RPM, Léo Jaime. Sua discografia é uma das mais extensas com 23 compilações e 3 DVDs. Já participou dos principais festivais de musica Eletrônica e é residente do Spirit of london
Sua ultima significativa no ramo de producões, foi fazer parte do duo VIET2 que tem importantes remixes e produções próprias em alta rotação nas rádios e pistas do País.
Ricardo Guedes foi eleito melhor DJ pela revista DJ Sound por 3 vezes e uma vez como DJ revelação.
Isso sem contar, sua altissima aceitação e conceito pelo pais, em função de seus sets old schools, presença mais que necessária nos principais eventos do meio.
Esse é o nosso DJ Ricardo Guedes: um misto de talento, técnica, personalidade forte e polêmica.
“O meu negócio é tocar, enquanto tiver saúde e nariz para isso.” – Ricardo Guedes, no livro Todo DJ Já Sambou
“(...) Vou falar uma coisa que parece pretenciosa: eu não tenho problema com a “cena”. Eu sou a “cena”...”
VOCÊ TOCA UM TIPO DE HOUSE QUE OSCILA ENTRE O UNDERGROUND E O COMERCIAL. POR QUE ESCOLHEU ESSA LINHA?
Acho ótimo que exista gente tocando underground. Mas não é só falar, tem que tocar mesmo. E tem uns caras que eu gosto muito. Adoro o Mau Mau, por exemplo, conheci ele ainda dançando na Dance Division, fazendo show na [loja] Rock’n’Soul. O Anderson Soares, o Batatinha, pra mim é underground. Mainstream é diferente, é aquela nuvenzinha que paira sobre a Vila Olímpia. Estou numa área do mercado que é house, que ou é para gay, underground, ou é farofa. Muito complicado, mas não vou mudar. Fico feliz que a minha música, meus sets fiquem nessa linha entre o underground e o mainstream. É o que me deixa ligado.
VOCÊ É UM CARA POLÊMICO, NÉ? EM PLENA FEBRE DA COCAÍNA EM SÃO PAULO, VOCÊ TINHA UM PROGRAMA NO RÁDIO CHAMADO “ESQUENTANDO OS PRATOS”...
Tinha. O glamour do pó veio depois, 1985, 86 até 1990. Mas o DJ nunca foi um cara drogado. O DJ sempre foi o cara mais bunda-mole da cena. O meu negócio é tocar, enquanto tiver saúde e nariz pra isso. Já encheu o saco passarem por mim como se eu fosse um DKW. Dei minha vida por isso, papai do céu falou: “Você vai morrer pobre, mas vai virar pra caralho”. É isso que eu sei fazer e é isso que vou morrer fazendo. Agora, se não der um risco, você vai embora pra casa, principalmente se não tem a celebração que merece.
Bem, depois destes textos, não precisamos de mais nada referente ao histórico, e de como o Dj Ricardo Guedes, irá fazer falta para a nossa cena eletronica.
Descanse em paz, e leve junto com você, todo o seu sucesso, e deixe para nós a lembrança de tudo de bom que nos ensinou durante todos os anos de pista.
Para quem ainda nao viu, links para o Dj History, do Alex Hunt, entrevistando o Dj Ricardo Guedes: